Você sabe o que é “Bara bara bará bere bere berê”? Provavelmente não.
Mas é bom já ir se acostumando com essas palavrinhas diferentes. Elas
formam o refrão e o nome de outra “música-chiclete” do sertanejo
universitário, cantada pelo paulista Leo Rodriguez, de 23 anos. O rapaz
já chegou às paradas de sucesso em países como Ucrânia, Polônia e
Portugal e promete ser mais um fenômeno aqui no Brasil.
— Eu fiz a
música em novembro de 2011, produzimos o clipe no início deste ano e
colocamos na internet. Daí começamos a ver vários comentários em línguas
estrangeiras. Não sei como chamou a atenção das pessoas lá de fora.
Talvez seja pelo refrão ser universal, bem fácil. Ao contrário da
maioria, o meu sucesso foi de lá pra cá. Mas aqui a música já está
tocando bastante nas baladas — conta Leo, que está na estrada há apenas
dois anos: — Sempre gostei de cantar e tocar, mas nunca tinha pensado em
seguir carreira. Até que comecei a trabalhar numa agência que cuidava
de vários artistas, um empresário me viu cantando, gostou e agora eu já
estou indo para o terceiro CD.
De diferente para “Tche tche rerê
tchê tchê”, “Tchu tcha”, “Lê lê lê” e outos hits do tipo, a música de
Leo Rodriguez tem uma batida funk, com direito ao tradicional “chão,
chão, chão”. Mas, afinal, o que siginifica “Bara bara bará bere bere
berê”?
— Tem várias interpretações, né? Para mim é um suingue, uma
dança sensual, mas tem gente que leva para o lado da sacanagem (risos).
Essa música começou com o contato com os meus amigos, que fazem um
esquenta antes da balada. Eu costumava cantar nesses esquentas — revela
Leo.
Quando criticam os “refrões-chicletes” que se tornaram
epidemia no sertanejo, Leo não fica em cima do muro. Ele defende o
estilo com unhas e dentes e ainda critica Luan Santana, que já revelou
não gostar desse tipo de fazer música.
— É o povo quem escolhe
essas músicas. Nós cantamos o papo que os jovens usam nas baladas. O
Luan veio com uma proposta de pop romântico que agradou crianças e
adultos e ainda abriu as portas para o sertanejo solo. Devemos tudo isso
a ele. Mas o sertanejo evoluiu, hoje pede esses refrões e você tem que
acompanhar. O Luan não tem que ficar criticando — afirma.
Fonte: Extra
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